A reação pode ser acidental ou decorrente de doença e precisa ser observada com atenção. Quando há um pet em casa, o tutor sempre deve estar preparado para alguns sustos. Inevitavelmente, nosso companheiro peludo vai se envolver em alguma situação potencialmente perigosa e precisar de ajuda. Os engasgos, relativamente comum, pode ser um dos casos. Ele ocorre geralmente quando o organismo do animal tenta expulsar algo que o pet tentou engolir e “tomou o caminho errado” dentro do seu corpo. Em vez do alimento, objeto ou líquido descer para o esôfago, ele toma uma ‘via falsa’ e acaba indo parar na traqueia.

O corpo do pet vai dar alguns sinais. Uma consequência comum do engasgo é a tosse. A tosse é um reflexo natural do organismo na tentativa de expelir o ‘corpo estranho’ da região da laringe, apesar de frequente, a reação não ocorre em todos os casos, na maioria das vezes o engasgo causa dificuldades na respiração do pet. É preciso observar quando o animal apresenta falta de ar, dificuldade de se deitar e inquietação, além de mudança na coloração da língua, que fica roxa. É importante não confundir o engasgo com uma tentativa de vômito. Quando é caso de vômito, normalmente o animal vai apresentar antes uma salivação excessiva, a sialorreia. Além disso, no esforço para vomitar, os pets tendem a contrair o abdômen. Outra condição que pode ser confundida com o engasgo real, é uma tosse de curta duração chamada de “tosse do tipo engasgo”, que pode estar associada a outras causas, como problemas cardíacos.

Possíveis causas

As origens do engasgo podem ser muito variadas. Uma das mais comuns é a ingestão equivocada de algo pelo pet. Ele pode ter comido ou bebido uma grande quantidade ou muito rapidamente, ou ainda pode ter tentado ingerir uma coisa que não devia, como um brinquedo ou outro objeto. Algumas doenças também podem provocar engasgos, como neo-plasias e enfermidades do sistema respiratório. O colapso de traqueia, uma condição degenerativa que pode acometer os cachorros, também pode provocar engasgos. O engasgo também pode estar associado a alterações na região da laringe ou da traqueia do animal. O engasgo pontual e que não causa dificuldade para respirar não precisa despertar maiores preocupações no tutor. Mas, se ele for frequente, é preciso consultar o médico-veterinário para determinar as possíveis causas a partir de exames.

O que fazer?

É comum os pets engasgarem em casos eventuais sem que isso cause maiores consequências. Mas é preciso tomar muito cuidado quando o engasgo é provocado por algo que bloqueia a garganta do animal e obstrui sua respiração. Em uma emergência, no caso da respiração estar comprometida, uma das ações possíveis é a aplicação da manobra de Heimlich, que consiste em segurar o pet com as costas apoiadas no peito do tutor, abraçá-lo, mantendo as mãos abaixo das costelas dele, e depois fazer força pressionando o corpo do pet para cima, a fim de empurrar o que estiver obstruindo sua via respiratória. A manobra, também feita em humanos, pode ser usada em animais, mas é preciso tomar cuidado com a pressão empregada no abdômen de cães menores. Também é possível tentar inspecionar a cavidade oral do pet em busca de algum corpo estranho que pode estar causando o engasgo. Muitas vezes, no entanto, é um procedimento difícil de executar em casa. Assim, é preciso que o tutor procure a ajuda de um médico-veterinário imediatamente.

Se a causa do engasgo for decorrente da gulodice na hora da alimentação, Ana dá uma dica: para evitar esse tipo de desconforto, o tutor pode espalhar a ração seca no comedouro e não colocar muita ração de uma só vez. Com isso, o animal obrigatoriamente irá ingerir poucos grãos por vez, evitando os engasgos. Se seu pet costuma tentar comer o que não deve, é importante deixar objetos que possam causar acidentes fora do alcance deles.

 

Fonte:https://www.caes-e-cia.com.br/2021/08/18/engasgos-o-que-pode-haver-por-tras-desse-sintoma/